"Faz lá uma festinha ao cãozinho" diz a avozinha...

      "Faz lá uma festinha ao cãozinho" dizem as avós e mães que vão passando por nós, enquanto passeamos a nossa peste canina. Não nos perguntam se podem. Assumem que sim. "Ela é tão pequenina e tão bonita". E não perguntam nada. Lançam os netos, os filhos e vão também de mão lançada para uma festa. Se a cadela mordesse, a culpa era nossa, porque não a educámos, mas a questão é: se ela está de trela, porque é que assumem que podem e partem logo para o exercício das suas vontades?

fazer uma festa ao cão sem pedir licença aos donos + festas + blogue português + animais de estimação + vida de pet
       Nós não vamos na rua e decidimos fazer uma festa a uma qualquer criança ainda no colo familiar e fazemos. Há a questão do respeito, do sermos civilizados... A questão de que o ar é de todos, mas o espaço individual é de cada um... Essa questão devia passar-se também para os animais. A nossa cadela não é o mais amigável na rua. Assusta-se com as pessoas e não é tão amigável quanto em casa, ainda que nunca tenha sido agressiva. Levamo-la sem trela no caso de não vermos muita gente na rua. Assumimos que são pessoas controláveis que não se levantam do sítio onde estão para irem atrás da cadela. Quando vimos crianças, prendemo-la ou levamo-la para o lado oposto. É que elas vêm logo e vão incentivadas pelos familiares. Como se os cães tivessem que levar com toda a gente que não conhecem e aceitassem logo só porque sim. Não é assim tão difícil de perceber que se os animais fogem, é porque não querem festas, certo? Percebam os sinais óbvios sff.
       É que se estivermos a falar de um pastor alemão adulto, de um São-Bernardo ou um buldogue-alemão ninguém se atreve a ter esta atitude... Porque é que com uma amostra de cão como a nossa a posição é diferente?! São cães na mesma... É ridículo!

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       Imaginem que, mesmo estando de trela, as amostras de cães como a nossa se lembrariam de morder uma criança que lá fosse tentar fazer a festa. Viam-na como um perigo e podiam fazer queixa dela, com a consequência de a abater. Mas quem teve a culpa? O dono que não antecedeu a dizer à criança e à família que não se podia antecipar... mas também a família/ criança que achou por bem meter lá a mão sem questionar se podia, sem ver o perigo. Isto achamos grotesco. Vá, usando as nossas palavras mais correctas: É só estúpido!! Por isso mesmo escrevemos esta publicação: Primeiro perguntem se podem fazer a festa e respeitem se as pessoas não gostarem que andem por aí a fazer festas a torto e a direito. Sabemos que a nossa pestinha não morde ninguém, mas vocês, se ainda não a conhecem, não têm como saber. Até porque ela foge e ladra, tudo indica que vá morder... Usem a lógica. Ela tem medo dos desconhecidos. Fica muito assustada e procura fugir. Não é suposto não ter. Caso contrário já havia sido roubada, como já tentaram fazer duas vezes. É suposto ela não magoar ninguém e ser feliz. É o que ela faz todos os dias. Mas por favor não façam festas a cães só porque acham que podem. Perguntem. Não custa nada respeitar a liberdade do próximo! E sim, lutamos todos os dias para que a nossa cadela também tenha o seu espaço no mundo. Sejam civilizados que ela também respeita o vosso espaço (a menos que venham cá a casa, vá). Obrigado!
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1 comentário

  1. Também tenho um cão - um bouledogue francês - e há muitas pessoas que o acham mega fofo e querem fazer uma festa. Por acaso a nós perguntam se podem porque ele tem uma respiração sempre ruidosa (que muitos acham que é rosnar) e ele é bruto quando quer brincar, atirando-se para cima das pessoas. E eu até prefiro que ele seja assim porque acaba por afastar algumas pessoas (muitas delas com cães que não são sociáveis e que o tentam morder). Há que fazer um trabalho junto das pessoas para respeitarem o espaço dos animais e dos seus donos. Mas pior do que as pessoas intrometidas (que já é muito mau) são os cães que passeiam soltos e que vêm a correr ter connosco a ladrar e a tentar morder. Fico sempre azul de raiva...

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